quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Farmville

Recebo em casa a revista Galileu, da editora Globo. Legalzinha, mas na minha opinião uma bosta de revista.

Muita informação inútil em poucas páginas e aquela, rotineira, dose de ideologia Globo Style.

Nem quero me ater a esta revista como um todo. Só a citei mesmo à guisa de introdução.

Nesta edição de fevereiro de 2010, n°233, além da capa rídicula, com uma senhorinha rídicula que tenta finjir ser atriz (é difícil me prender ao tema), vi uma reportagenzinha que merece ser comentada.

Não que eu esperasse muito da revista, aliás, preferia receber a Super Interessante em casa. Não, também, que eu tenha lido a Super nos últimos tempos, mas, na minha visão de muito tempo atrás, esta parece-me mais científica que a tal Galileu.

"A FAZENDA
Latifúndio virtual.
Como um jogo no qual o usuário planta morangos e berinjelas de mentirinha tornou-se o maior sucesso do site de relacionamentos Facebook"

Esta é a chamada da matéria, de autoria de Denise Dalla Colletta. Tudo bem, pensei yo, falarão somente sobre um joguinho inofensivo como aquele aplicativo do Orkut chamado MINIFAZENDA. E só!

Ledo engano.

Segue o início do primeiro parágrafo do texto:

"Lá você não tem MST e nenhuma praga ataca suas plantações".

Porquê!? Porquê os lazarentos tem de fazer uma simples reportagem sobre um jogo inútil começando com uma frase dessas?

Respostas
( a ) Por que a revista é da Editora Globo,
( b ) Por causa da imparcialidade burguesa
( c ) Por que os meios de comunicação são privados
( d ) Por causa da luta de classes
( e
) Todos estes e mais outros fatores



[...]


Se o troço fosse sério, até mandaria um e-mail para a autora da matéria como exercício de um tal mito sobre o direito de resposta:


"Cara Denise:

Primeiro: A plantação do jogo é pequena, logo não há latifúndio propriamente dito.

Segundo: Quem quiser pode ter terra a vontade pra plantar.

Terceiro: Mesmo as fazendas improdutivas (poucas) não impedem a possibilidade de que outra pessoa adquira terra pra plantar.

Quarto: É um jogo individualista, que ignora os fatores externos (externos à fazenda - o mundinho do jogo) como os movimentos sociais.

Quinto: É só a porra de um jogo pra enriquecer a Zynga, e garantir entretenimento aos jogadores.

Sexto (e último): Se tivesse MST, o título da matéria seria desintencionalmente trocado pelo seu editor para algo como: Jogo Nocivo, Jogo de Vagabundos, Jogo dos Sem Controle, Jogo dos Criminosos, Jogo dos Foras-da-Lei, ou algo do gênero."

1 comentários:

Anônimo,  27 de janeiro de 2010 às 21:11  

Muito boa postagem Carvalho! Seu blog está crescendo qualitativamente!

Parabéns.

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