Peripécias do Carvalho
Um dia, numa conversa com um jagunço sobre o fato das igrejas evangélicas fazerem muito barulho:
_Mas e as danceterias? E os bares!? Todos a serviço do mundo, seus prazeres terrenos, com suas coisas mundanas (seus pleonasmos, pensei), toda aquela luxúria ...? - falou o indivíduo certo de que o debate terminaria ali diante da sua sabedoria dada por Deus.
_Por que estes lugares podem ficar a madrugada inteira fazendo barulho e as igrejas não podem simplesmente louvar ao Senhor "em voz alta"!? (Aquele diálogo era uma aula sobre figuras de linguagem!) - continuou o enxadrista espiritual, como quem está prestes a dar um xeque-mate!
_Bom, eles ao menos pagam impostos! - repliquei tentando fugir do debate espiritual.
_Então tu és a favor de que a Igreja pague impostos!? - disse ele, pronto pra dedicar uns reais do seu dízimo pra manter os decibéis divinos.
_Não meu caro, não me compreenda errado - respondi prontamente, já me divertindo com o semblante de alívio e ao mesmo tempo confusão do receptor da mensagem.
_Eu sou é a favor da extinção da igreja!
[...]
(O resto do diálogo não foi muito produtivo)
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