quarta-feira, 7 de julho de 2010

"É cachaça carai!!!"

De uns tempos pra cá criei antipatia a certos tipos de remédio.

Antiinflamatório, por exemplo. Passei a minha vida toda tendo que tomar estas merdas.

Como tenho (e não me orgulho disso) amigdalite crônica, é só ocorrer qualquer disfunçãozinha nesse meu corpicho viril que a porra da garganta (Isso! Masturbem-se bolando trocadilhos inúteis) começa a parar de funcionar.

Qual o maldito remédio que o farmaceutico, médico, dentista, pai de santo, ou qualquer um que se vista de branco, indica? Um antiinflamatório!


Se eu comprar, morre uns quinze pau (ou mais), e a garganta fica boa em uma semana.
Se eu não comprar, não gasto um puto, e a garganta sara quando? Quando? Quando?
Uma semaaaaaaaaana!!!

Porque diabos eu vou comprar este maldito engodo? Pra ficar botando o relógio despertar de tempos em tempos? Pra esquecer a merda do remédio em casa e ficar com o peso na consciência de que todo o trabalho anterior foi em vão? Porra!

A única coisa que já precisei tomar e funciona é analgésico. Nem todos!

Sou fã mesmo é do Dorflex. Uma é porque funciona mesmo e outra é porque tem nome de colchão. Acho genial a ideia de pôr nome de colchão em analgésico...



"Nossa! Mas você é um ignorante então!" (Visitante novo no Blog)




[...]



Mas vamos ao que interessa.

Eu, nas últimas duas semanas, fudido da tosse, não conseguia nem dormir direito. Era pôr a cabeça no travesseiro e a tosse começava. E não parava!

Quando conseguia dormir, acordava lá pelas três da madruga quase afogado de tanto tossir. E assim arrastaram-se os últimos dias sem que eu me rendesse ao flagelo de desembolsar dinheiro nas drogas lícitas.

Ontem não teve jeito! Comecei a tossir às dez e pouco da manhã e o troço não parou mais. Era eu ou ela. À noite, comprei o lazarento do Xarope.

A merda já começa pela compra. Chego parecendo um cachorro com tuberculose na farmácia e o farmacêutico me pergunta pra que eu quero Xarope!

COMO ASSIM PRA QUÊ!? COMO PRA QUÊ!? PRAAA QUÊ!?

Pensei em pedir dois Xaropes. Um líquido e um em forma de supositório pra dar de presente praquele corno, mas nem isso eu conseguia fazer. Falar uma frase inteira era quase impossível!

Levei a merda do xarope. Dezessete conto! Tudo bem! Iria dormir. A dor aliviaria...

Chegando em casa, tomei uma dose. Isso às dez horas. Nada! Tomei a segunda. Meia noite e pouco... Naaada! Duas horas da manhã, lá estava eu, na sala, pra tentar ao menos deixar os outros dormirem, tossindo igual a um condenado.

Eis que uma mensagem de Jesus (só pode ser dele) me iluminou as ideias.

Tenho dois litros de vinho Cabernet Sauvignon, safra de 2005, que um amigo trouxe de uma viagem à Argentina. Tinto e seco. Eu odeio vinho seco! Coisa de bêbado!

Mas também não gosto de Xarope...

Uma taça, duas, três... pouco menos de um litro em pouco mais de um minuto! Parou a tosse!
Só com o almoço no bucho, o efeito foi rápido. Não sentia mais a garganta arranhada!

[...]

Não sentia mais frio... também não mais a ponta dos dedos... não sentia que ainda podia me equilibrar... Dormi que era uma criança!

Da próxima vez paro no boteco ao invés de ir até à drogaria.

1 comentários:

Sabida 1 de janeiro de 2019 às 12:20  

Kkkk amei a crônica, me aconteceu o mesmo nesse reveillon

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